terça-feira, 17 de julho de 2012

Escalando, escalando....

Já tem bastante tempo que não escrevo, aliás, tinha até esquecido do meu querido blog...

No mínimo, você estão pensando que eu parei de escalar, não? Doce engano... por pura teimosia, continuo neste esporte, mesmo tendo levado um lindo e maravilhoso tombo, em agosto de 2011. Esse eu juro que não vou relatar em homenagem aos meus guias preferidos, Francisco Caetano e Ricardo Barros. Só eles me entendem...

Já que agora decidi retornar às minhas atividades de escritora, vamos nos divertir. No último sábado, 14 de julho, fui me aventurar na Face Norte do Grajaú. Para quem não sabe, a via fica dentro da Reserva do Grajaú, e começa em cima de uma pedra conhecida como submarino. Lá fui eu, com o paciente guia Ricardo Barros e mais dois companheiros de montanha: Banjo e Alessandra.

Eu tinha dito para mim mesmo que não iria mais escalar, depois de fazer a XV de novembro, na Agulhinha da Gávea, mas como não respeito o que eu digo mesmo, lá fui eu aceitar o convite do Ricardo. Como ele disse que era 3° grau, pensei molinho... Molinho seria se a via fosse curtinha! Caramba! Nem de baixo, muito menos de longe, se avistava o cume. Deu vontade de gritar socorro, o que fiz algumas vezes, mas ninguém me deu bola. Até que a via tinha bastante agarras, que eu chamo carinhosamente de cotoquinhos, mas não terminava nunca.... Coitada foi da Alessandra, que vinha atrás. Rolava pedrinhas, pedras e lascas. Acho até que aumentamos o grau de alguns trechos de tanto cotoquinho que saia nas minhas mãos...

Ah! Já ia me esquecendo!!! Na primeira horizontalzinha, ao retirar a costura, sabem o que aconteceu? Perdi o equilíbrio, escorreguei, e sabe Deus o que eu falei, mas que eu gritei eu gritei... A Alessandra deu um grito também: fica calma, tá tudo bem. Mas quem estava nervosa? Eu estava era com medo mesmo. Era só olhar para baixo e me autodenominar louca! Bem, foi só ali que escorreguei, apesar de alguns trechos não ter agarras e mais adiante pegar outra horizontal, mais longa, mas eu estava mais segura neste momento. Sabia que do chão eu não passaria...

Resumindo esse dia, só posso dizer que foi show! Escalar com o Ricardo é sempre bom, e ter a companhia do Banjo e da Alessandra tornou a aventura muito mais divertida. Outra surpresa agradável foi chegar no cume e encontrar a dupla Alexandre Conterrâneo e o Alex (com uma bombonière!).

Vejam algumas imagens que provam tudo o que eu disse....

Banjo (azul), Alê (vermelho) e eu subindo

Calma que já tô indo!

Entrando na horizontal... ai, socorro!


Retirando a costura na horizontal

Inté a próxima!