domingo, 21 de agosto de 2011

Meu primeiro tombo...

Dizem que a primeira vez nós nunca esquecemos, mas hoje eu posso acrescentar: minha primeira vez, muitos homens não esquecerão....
Vamos aos detalhes, antes que vocês pensem mal da pequena pessoa aqui que vos escreve...
Recebo um honrado convite para escalar sábado numa tal de K2. Na hora lembrei do filme e pensei: tô frita!.... Mas tudo bem, o convite partiu do Ricardo e da Simoninha e confio plenamente neles. Sabia que não iriam me colocar numa furada... Só que não sei como, nem quando e nem aonde, os planos mudaram e a montanha tb. Ricardo me liga ontem dizendo que nós iríamos escalar a via conquistada pelo Jorge Campos e Antonio Tande. Na mesma hora, ligo para o Milton e pergunto sobre a via. Tinha que me certificar em que fria estava me metendo... Milton falou que era mole: 2º e 3º e um lance de 4º. Fiquei tranquila e acordei até com bastante disposição. Afinal, o Ricardo disse que iriam, também, os conquistadores.
Sábado, rumo à Tijuca rebocar o Ricardo Barros. Infelizmente, a Simoninha ficou doidoi e não pode ir. O que descobri? Euzinha, cercada com excelentes guias e todos só p/ mim. kkkk Mais tranquila, uma recente formada do curso CBM que mal consegue se lembrar para que serve tantos nós, não poderia se sentir. E lá vamos nós! Depois de uma pequena trilha, aberta pelo desbravado Jorge e seu facão, Ricardo parte p/ cima e eu atrás. Caetano parte em outra cordada e Jorge Campos atrás. Antonio fica aguardando um amigo (Pedro). Primeira cordada, molinho, molinho. Na minha graduação: FÁCIL. Ah! No curso eu criei uma graduação para leigos: fácil, difícil, muito difícil e impossível de se fazer.
Segundo estirão, percebo que a montanha não estava muito afim da minha pessoa. Cada vez que ficava feliz de achar um cotoquinho... ele vinha na minha mão ou descia na cabeça daqueles que estavam lá embaixo. A montanha parecia um folheado... Graduação: Fácil, apesar da querida HORIZONTAL!!!! E vamos para o terceiro lance... Mal começo a subir e.. AÍÍÍÍ.... Calma gente, foi apenas um pequeno escorregão depois que me apoiei numa lasca, que  saiu na minha mão. Quase matei foi o Jorge Campos com o meu grito kkkk
Ricardo teve um certo probleminha no crux e pensei: lascou-se! Vou empacar ali.... Bem consegui passar, segundo o Jorge, por um caminho mais difícil, mas fui. Devido a esse trecho, o cansaço bateu e meu carma começou a me pertubar. Para quem não sabe, carma = sapatilha. Porém consegui. Tambémmmm o Antonio pensa que todo mundo tem a perninha do tamanho da dele. Uma passada dele são quatro minhas, né? Ah, sim! Graduação desse trecho: DIFÍCIL. Não só pelo crux, mas também pela distância entre os grampos. Bem, depois disso, só moleza.  Agora vou resumir, pois acredito que vocês estão de saco cheio de ler isso tudo e curiosos para saber como foi o meu tombo.
Na descida, entre uma piada e outra do Campos, tudo tranquilo até a tal da horizontal. O ilustre e simpático guia Caetano diz: Aqui não precisa de corda. Meu sexto sentido é acionado neste momento e eu falei logo: Ah, não.... eu quero corda. Vocês estão sentados e preparados para forte emoção? Então... lá vou e neste momento o Ricardo se aproxima e vem ao meu lado. O Jorge fala Dorinha desce um pouco e foi neste momento que tudo aconteceu. Ao descer me desequilibrei e sai descendo/andando para baixo até cair em pé pedra abaixo carregando o Ricardo junto. A plateia por pouco não aplaudiu (faltou pouco). Foi cômico, mas a batata da coxa (sabem onde fica isso?) dói até agora. Só dá uma aliviada com gelo.
Bem, resumindo, o dia foi 10! Obrigada Ricardo, Caetano, Jorge, Antonio e Pedro!
OBS: as pérolas e outras coisitas ditas não serão repassadas aqui. Elas serão publicadas pelo Caetano (rsrsrsrs).
Preparando para subir

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