terça-feira, 29 de março de 2011

Mais um relato

Esse relato deveria ter o título: O Dia em que eu conheci a Denise!
Eu sei que vocês não me suportam mais, porém, atendendo alguns leitores assíduos, vou continuar escrevendo meus relatórios. E mais uma novidade, ontem criei um blog só para publicá-los. Por falta de tempo não acabei. Tenho que acabar um artigo para o congresso até amanhã. Quem quiser acessar (depois de pronto) basta digitar: http://www.doraescala.blogspot.com/
Agora, vamos ao relato. Domingão, um sol lindo (e quente feito brasa), relógio desperta, eu me apronto para esperar meu torturador-mór (olha que honra, ele foi me buscar em casa) e lá vamos nós! Fui já meio assustada, sabendo que a Babilônia era aquela montanha ENORRRRME que fica atrás do bondinho da Urca. Eu não queria imaginar o que seria aquele dia. Sem contar que fui ameaçada pela minha instrutora-mór e seu algoz Magaiver. Ambos disseram que iriam tirar meu couro!!! Meus caros amigos, antes de subir, já tremia na base....
Bem, o meu primeiro momento de felicidade foi descobrir que a turma inteira (exceto a pequena que vos escreve) iria perder pontos na pontualidade. Só Sra. Leão estava no monumento nos aguardando! Que felicidade, sem aluno não haveria aula? Ledo engano, logo, logo apareceu meu colega Uwe e, aos poucos, os demais companheiros. E lá fomos nós, rumo à Babilônia.
Colocamos nossa indumentária, enquanto nossos amados instrutores (ou algozes) preparavam as vias. Corri atrás daquela que prometeu arrancar meu couro. E sabem por quê? Já que não ia sobrar nada de mim logo na primeira via, não ia precisar fazer esforço nas demais. Para tristeza minha, subi com certa facilidade a tal da Roda Viva, ou seja, teria que fazer as demais vias... Por outro lado, a vista foi a mais linda! O sol ainda não estava escalpelando, a pedra não estava muito quente e o ponto final era o mais alto. Que pena que a máquina ficou lá embaixo...
E aí vamos para a segunda via. Fui atrás do baixinho-amigo, mais conhecido como Zozimar, mas a via dele era a mais concorrida. Parti para outra, a tal de Denise Macedo. Ainda bem que tem nome de mulher, pois odiei essa criatura, ôps, via. Escorreguei N vezes!!! A minha felicidade era ver aqueles lindos meninos ansiosos para me ver lá em cima. Tirando a minha fotógrafa oficial, só tinha meninos bem alimentados e saudáveis me aguardando. Depois chegou a Natasha (nem tudo é perfeito). Todos me apoiavam e o Ricardo me dava segurança. Contei 5 tombos, ou escorregadas. Se foram mais, juro que não tinha mais condições de contar. QUEM TIROU AS GARRAS DAQUELA VIA???? Minha perna tremia mais que vara... sem contar que a Simoninha cismou com a minha bunda! Minha felicidade, e que felicidade!, foi colocar o pé no chão. Aliás, descobri que o melhor da escalada é descer, depois retirar meu instrumento de tortura (para quem não se lembra: a sapatilha).
Não tinha mais nada para fazer ali, fui embora para a terceira e última via daquela manhã de sol quente. Tio Menudo me aguardava derretendo no sol, enquanto sua amada esposa estava deitada em uma árvore, na sombra. Me preparei e subi ao encontro do instrutor risadinha Zé Carlos. Apesar da rocha estar quente, eu só sentia o meu pé. Aliás, ao chegar lá em cima, não sentia nem os meus pés. Meus dedos estavam dormentes. Quando será que a sapatilha vai ficar confortável? Ou quando será que ela vai ceder? Mal conseguia admirar a paisagem de tanto que o meu pé doía. O final da subida foi com emoção. Tinha que fazer o tal do pruzik (será que é assim que se escreve?) e antes ouvi coisas como "abre e enfia", "hummmm, tá apertadinho...". O que que é isso companheiro???? Bem, sai sã e salva desta via que, para mim, foi a mais fácil. Tranquila, tranquila....
A única coisa que eu posso concluir neste dia é que, SOBREVIVI!!!!!!!!!!!!!!!!! O que será que vem por aí?.....

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