terça-feira, 29 de março de 2011

Relato - a continuação

Boa tarde companheiros de copo e bagunça!!!

Venho por meio desta continuar meu relato. Confesso que não sei por onde começar... acho que vou pelo início mesmo.

Vejam se isso não é um curso de tortura. Domingo, sol bonito, cama gostosa e o despertador toca. Não acreditei: 6h30!!!! Fala sério... durante este curso, sabadão nem pensar, né? Como não tinha jeito, já que eu era a responsável pela carona da nossa instrutora mór: Sra. Simone, a Leoa, tratei de levantar da minha adorada cama. Após o café, peguei a mascote do nosso curso: a porquinha Trepadeira, a Cachaceira e parti para a tortura, ôps, o curso.

Com grata satisfação, nossa mascote recebeu contribuições dos amigos veteranos, devidamente registradas, lá na pracinha (que eu não lembro o nome). Vocês acreditam que alguns veteranos se negaram a alimentar nossa porquinha Trepadeira, mas fazer o quê, né? Gente pão-dura...

E vamos nós para a Reserva! Sabe Deus o que me reservava... pensei que ia fazer um curso de cabrita, mas descobri que vou concorrer ao papel da mulher aranha. Ao ver a Simone subindo naquela rocha achei que ia ser mole. Que mole nada... a pedra é dura p/ cacete. Ainda vem o Caetano, nosso simpático instrutor sargentão, dizer que teríamos que encostar na pedra como se fossemos fazer sexo com ela! Abre um parêntese: Será que ele fez curso com Serguei? Trepar é uma coisa muito gostosa, mas com pedra?...

Decidi, então, encarar a pedra. Não tinha jeito mesmo, aqui vamos lá. Primeiro, aula de nó! Que nó... até agora não consigo fazer um OITO! E olha que 4, até 14 faço fácil, mas o tal do oito... Engraçado que fiz de primeira, depois.... ai, Jesus! Como foi mesmo que eu fiz isso? O pescador foi fácil, assim como o tal do fiel e o IAAAAAAAAA.... como é o nome da instituição mesmo? Bem, no meio das instruções, ouvimos pérolas como: “pega o negócio e enfia no meio...”; depois, outro distinto aluno declara alto e em bom tom: “o meu é pequenininho”. Como assim???? Onde fui me meter?

Fizemos o devido nó para subir e lá vou eu! Ajeita bunda, pé, coluna etc... um passinho aqui, uma escorregada ali, meu Deus, o que eu estava fazendo ali??? O pior: ou eu subia ou descia. Achei melhor continuar subindo, mas o cagaço de cair... nesta hora ouço a Sra. Leoa: Dora ainda não te vi cair. Como assim? E quem disse que eu queria cair? Queria, sim, um helicóptero para me resgatar dali. Pedia, incessantemente, um teleférico, mas ninguém me ouvia! Cheguei no topo, ufa! Meus pés doíam frente, fundos e sobradinho! Agora desce! Eu queria tanto ficar ali... Graças a Deus, para baixo todo santo ajuda! Mas vocês acham que isso foi o pior, né? Quem disse? O pior estava por vir!!! Zé Carlos não estava lá em cima à toa, simplesmente admirando a paisagem. Lá fui eu, de novo, subir mais uma vez, e numa via um pouco mais complicada. Disseram que fui muito bem, mas queria era me livrar de um tombo e tratei de subir rapidinho. Essa via não tinha mole não... Outro parêntese: em vez de grampos, poderiam colocar escadas nas rochas. Subiríamos com muito mais facilidade...
Continuando, encontro com o Zé dando instruções ao Maia. Parecia mole, até eu ir para o lugar dele. Caraca... não passava vento! Virei para o Zé e falei (se é que não gritei): to com medo!!! Ele, muito simpaticamente, querendo me animar, falou: Dora vc está indo muito bem. Confesso que não sentia nada indo bem dentro do meu ser... Enfim, depois de muito cagaço e orientações do Zé, desci! Olhei para baixo e vi que não tinha colchão d’água me aguardando. O jeito era fazer tudo direitinho, caso contrário, ia fazer um strike! Pat, Simoninha, Cris e Márcia me aguardavam ansiosamente, me apoiando.

Tenho que confessar uma coisa: prêmio para os instrutores – repetir a mesma coisa, várias vezes, e sem uma cervejinha... – merecem um prêmio! Depois dessa tortura toda, veio a recompensa: costelinha, joelho de porco e muita cerva gelada! Ô vida boa!!!! Se for sempre assim, não vou perder nenhuma aula prática...

Inté a próxima, se eu não estiver enrolada nos nós...!!!!

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